No tempo das amoras tudo pode acontecer.

6 de abril de 2011

sexta

Em casa, o telemóvel do Miguel não parava de tocar. As mensagens caíam quase ao segundo Miguel lia-as todas na vertical, não prestando muita atenção. Eram todas da Carla.

-O teu telefone não pára!
-É a Carla. Está completamente louca.
-Mas que quer ela?
-Começou por dizer que não é justo para ela também, que eu a usei, agora já me disse que se vai demitir, olhe sei lá que se passa naquela cabeça.
-Convenhamos que também é capaz de não estar a ser fácil para ela.
-Acredito que não. Mas eu não consigo pensar nela agora. Chama-me egoísta se quiseres mas não consigo.
-Está tudo muito a quente, ela também não devia estar já a pressionar-te assim.
-Eu não chamaria pressionar, ela está mesmo a ameaçar-me. Queres ler?

As mensagens eram realmente estranhas, nas últimas mensagens podia ler-se:
"Eu demiti-me mas já sabes que não vou sair da empresa, nesta história toda, quem vai dançar és tu"
"A tua rosinha ainda vai ter muito que temer, se pensa que fiquei por aqui, se fosse a ti pensava melhor se não queres ficar do meu lado."

-Cruzes meu, esta mulher está louca!
-Sim, acho que ela perdeu um pouco a noção da realidade e pior de tudo é bem capaz de fazer alguma estupidez.
-Que ela era meia aluada já sabia agora assim...
-Nas que eu me fui meter... olha vou beber um whisky, queres um?
-Nem penses, a esta hora só se for um leite morno com chocolate, o meu estômago já não é como dantes, estou a ficar velho!
-Estamos amigo, estamos.

O telefone de maria tocou exactamente às três da manhã, sobressaltada quase caíu do sofá e pior ficou quando viu que não conhecia o múmero.

"Se achas que vou deixar isto fácil para a "nossa flor", estás enganada, podes dizer-lhe que pode desligar o telefone ou até mudar o número dá-me no mesmo, ela vai ter de me enfrentar"
quando Maria se preparava para responder, era certo que seria com um insulto, Carla desligou.

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