No tempo das amoras tudo pode acontecer.

15 de abril de 2011

sábado

A manhã de sábado passou-se num ápice. O sol da manhã convidava a sair e as amigas não contrariaram a vontade. Foram ao mercado onde compraram algumas coisas para fazer um almoço leve e logo de seguida saíram para dar uma volta pela propriedade.
A quinta era grande.  Além da casa da Rosa e a do caseiro, havia ainda a casa de dois tios, a adega que era grande e a eira tudo rodeado por vários hectares de árvores de fruto, terra lavrada e um  pequeno pinhal. Estava tudo incrivelmente tratado e o ria como pano de fundo dava à propriedade uma imagem bucólica belíssima.
Os aromas que pairavam no ar remetiam Rosa à infância, cujos Verões havia passado naquela propriedade.

-Passei aqui tempos muito bons... Gostava de um dia poder ter aqui os meus filhos a correr e gostava que eles fossem tão felizes aqui como eu fui.
-Hás-de conseguir isso tudo Rosa.Vais ver. E mais, também quero ter miúdos meus a correr por aqui, estes ares dão mesmo saúde.
-Apesar do Miguel não gostar de estar cá muito tempo, passei momentos bem bonitos com ele aqui. Fizemos muitos planos aqui enquanto éramos namorados.
-Recordar é bom Rosa.
-Como é que isto foi acontecer logo comigo? Tinha tudo para ter uma vida calma e feliz...
-Isto foi um percalço, as coisas vão mudar.

À medida que se aproximavam da casa viam no alpendre Zeca, que se encontrava já à espera das duas amigas!

-É verdade, o Zeca...Nunca mais me lembrei. Que horas são Maria?
-São quase oito...É pontual o homem!  Nem dei pelo passar das horas. Vamos lá então comer alguma coisa de jeito, finalmente.

3 comentários: